Uso de Coenzima Q10 na Síndrome da Fadiga Crônica
Reverte os Efeitos Associados com Biogênese Mitocondrial
A síndrome da fadiga crônica é uma doença debilitante de etiologia desconhecida que possui amplo espectro de sintomas, não apenas fadiga, mas uma variedade de intensidade de dor, depressão e disfunção cognitiva.
De acordo com diretrizes dos Estados Unidos a Síndrome da Fadiga Crônica é uma sensação de fadiga mental e física inexplicável com duração de pelo menos seis meses. Terapias cognitivas comportamentais e exercícios físicos regrados e regulares são terapias promissoras que auxiliam no alívio do tratamento dessa síndrome.
Vários marcadores são usados como recursos diagnósticos e destacam-se: função nervosa autonômica anormal, menor capacidade de realizar tarefas aritméticas, presença do vírus humano, redução do metabolismo energético, estresse oxidativo e alterações do sono-vigília.
Coenzima Q10 e Síndrome da Fadiga Crônica
Níveis de coenzima Q10 estão reduzidos em indivíduos com a síndrome da fadiga crônica. A coenzima Q10 é um componente essencial na cadeia respiratória da mitocôndria. Essa substância apresenta propriedades importantes que confere proteção antioxidante para a mitocôndria, apresenta características anti-inflamatórias e auxilia na síntese de ATP.
A suplementação com coenzima Q10 melhorou a fadiga subjetiva após os exercícios físicos em indivíduos saudáveis. A produção da coenzima Q10 diminui com a idade afetando a biogênese mitocondrial.
Coenzima Q10 e Ubiquinol
A coenzima Q 10 é absorvida lentamente no trato gastrointestinal, possivelmente devido ao seu alto peso molecular e a baixa solubilidade em água. Algumas formulações apresentam uma biodisponibilidade oral mais satisfatória, principalmente aquelas com óleos vegetais ou vitamina E, cuja absorção é mais eficiente.
Preparações contendo ubiquinol, a forma reduzida da coenzima Q10, têm demonstrado uma absorção mais rápida, atingindo altos níveis séricos. O ubiquinol apresenta maior biodisponibilidade do que outras formulações. A presença de grupos hidroxilas na molécula do ubiquinol promove um aumento na sua polaridade, o que lhe confere uma capacidade maior de solubilização.
Ubiquinol Auxilia Pacientes com a Síndrome da Fadiga Crônica
Estudo conduzido por Fukuda et al. (2016) teve como objetivo avaliar os efeitos da suplementação de ubiquinol na melhora da função cognitiva e na melhora da resposta do sistema nervoso autônomo em indivíduos com a síndrome da fadiga crônica.
Resultados do Estudo Aberto:
Ø Houve
melhora de alguns sintomas depressivos avaliados pelo CES-D (Center for Epidemiologic Studies Depression
Scale);
Ø Houve
melhora do padrão cognitivo após o uso do ubiquinol, particularmente nas
questões aritméticas;
Ø Houve aumento também no número de horas de sono e melhoria do padrão antioxidante.
Resultados do Estudo Controlado:
Ø O
desempenho na tarefa aritmética (número de respostas corretas) melhorou no
grupo tratado com ubiquinol quando comparado com o placebo;
Ø O número de
despertares noturnos (mais que 1 e 5 minutos) diminuiu no grupo ubiquinol em
comparação com o grupo placebo;
Ø Houve melhora nos sintomas associados com a fadiga avaliados pelo Chalder’s fatigue scale e os sintomas depressivos também melhoraram de acordo com o CES-D.
Conclusão:
De acordo com os resultados do estudo aberto e do controlado, a suplementação de ubiquinol por 8 e 12 semanas foi efetiva na melhora da fadiga e da função cognitiva em pacientes com síndrome da fadiga crônica.
Referência:
FUKUDA, S. et al. Ubiquinol-10 supplementation improves autonomic nervous function and cognitive function in chronic fatigue syndrome. Biofactors. 2016 Jul 8;42(4):431-40.
Nossa equipe quer muito dividir conhecimento com você, por isso postaremos por aqui assuntos relevantes para compartilhar tudo aquilo que é relevante para o mercado magistral. Aproveite!