Suplementação de Óleo de Peixe e Poluição Atmosférica
Estudos Científicos
24/set/2021
Ômega-3 Diminui a Inflamação e o Estresse Oxidativo na Pele após Quatro Meses de Suplementação
Efeitos
da Poluição na Pele
Acelerador
do Envelhecimento Extrínseco
Muitas pessoas conhecem os efeitos prejudiciais da poluição ambiental sobre a saúde, principalmente no trato respiratório, mas poucos conhecem seus efeitos na pele.
Pesquisas recentes mostram que as partículas em suspensão no ar conseguem penetrar na pele e em conjunto com a radiação ultravioleta produz estresse oxidativo e inflamação que futuramente acelera o aparecimento de rugas e linhas de expressão, pigmentação e até câncer de pele.
A poluição ambiental do ar engloba diversas substâncias em
partículas, cujo aumento devido à industrialização e urbanização é altamente
associado com morbidade e mortalidade em todo o mundo. A exposição crônica à
radiação ultravioleta é a maior causa do envelhecimento extrínseco, porém, há
outros fatores que influenciam para o envelhecimento prematuro. Exposição ao
espectro de luz visível e infravermelho e a poluentes existentes do ar na forma
de gases e partícula. A absorção cutânea e captação dérmica de contaminantes em
gases é um importante e relevante mecanismo de exposição humana à poluição.
Os poluentes causados pela matéria particulada (PM2,5) podem
transportar hidrocarbonetos poliaromáticos (PAHs), que são altamente
lipofílicos e, portanto, penetram com facilidade na barreira da pele, alterando
o seu funcionamento, o que resulta em estresse oxidativo e danos inflamatórios
pela reação com proteínas da pele, lipídeos e moléculas de DNA. Os bifenilos
policlorados, outras PMs tóxicas, através da bioacumulação, podem causar
deformidades. A exposição tópica à poluição demonstrou efeitos nocivos a pele,
podendo resultar em desordens e patologias, incluindo xerose, sensibilidade,
envelhecimento precoce e sinais de envelhecimento, como formação de rugas,
pigmentação anormal e pele seca. Os poluentes também podem estar envolvidos na
acne, eczema, erupções cutâneas e câncer de pele. Desta forma, a proteção
eficaz da pele contra a poluição é muito importante não apenas por razões
estéticas ou atenuação de manifestações cutâneas, mas também para inibir os
riscos à saúde envolvendo os danos intrínsecos a outros órgãos.
Poluição, Doenças, de Pele e Envelhecimento
Estudos epidemiológicos sobre o impacto da poluição demonstram
que as substâncias em partículas afetam o desenvolvimento e a exacerbação de
doenças dermatológicas. A exposição à poluição causa: üIndução do estresse oxidativo; üProdução de espécies reativas de oxigênio
(superóxido e hidroxila); üSecreção de citocinas pró-inflamatórias (TNF-a,
IL-1a e IL-8);
üAumento de MMP’s (MMP-1, MMP-2 e MMP-9).
Nos
últimos anos, diversos estudos indicam a ligação entre desordens cutâneas e
exposição aos poluentes aéreos, como por exemplo material particulado, ozônio,
dióxido de enxofre, compostos orgânicos voláteis e dióxido de nitrogênio.
Estudo
Comprova:
Suplementação de Óleo de Peixe Reduz os Danos Cutâneos
Associados com a Exposição aos Materiais Particulados PM2,5
Estudo conduzido por Lin et al. (2020) teve como objetivo avaliar
os efeitos potenciais do óleo de peixe contra a exposição dos materiais
particulados PM 2,5.
Quatro rodadas de amostras de fita D-squame da
pele foram coletadas dois meses após o início do tratamento e cinco
biomarcadores secundários de inflamação cutânea e do estresse oxidativo foram
medidos. As concentrações fixas de PM2,5 no meio ambiente foram medidas em
tempo real. Foram utilizados modelos lineares de efeito misto para analisar as
associações entre exposição a PM2,5 a curto prazo e biomarcadores em cada grupo.
Resultados:
ØA concentração média de
PM2,5 em 24 horas foi de 34,68 mcg/m3;
ØEm geral houve uma redução
dos biomarcadores do estresse oxidativo e de inflamação cutânea no grupo óleo
de peixe do que no grupo placebo;
ØComparado com o grupo
placebo, para um aumento de 10 mcg/m3 de PM2,5, o aumento de
interleucinas (IL-1a) e de proteínas carboniladas foi 41,55% menor no
grupo tratado com óleo de peixe em 48 horas e de 22,01% menor em 24 horas;
ØNão foram observadas
diferenças significativas nos outros biomarcadores analisados entre os dois
grupos.
Este estudo sugere que a suplementação
de óleo de peixe pode promover melhoras significativas nos biomarcadores
relacionados com a inflamação cutânea e do estresse oxidativo quando exposta
aos materiais particulados PM2,5.
Autor(a)
Equipe Técnica Consulfarma
Conhecimento
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