O melasma é uma hipermelanose crônica adquirida e localizada, caracterizado por máculas e manchas irregulares claras à marrom-acinzentadas na pele exposta ao sol, comumente afetando as bochechas, testa, lábio superior, nariz e queixo.
Estudos
recentes têm demonstrado que o aumento da melanogênese, alterações na matriz
extracelular, inflamação e angiogênese desempenham um papel no desenvolvimento
do melasma
Ácido Tranexâmico no Melasma
O ácido tranexâmico oral e tópico tem sido utilizado recentemente no tratamento do melasma. É um inibidor da plasmina e análogo da lisina, que demonstrou inibir a pigmentação induzida por UV em modelos animais. O ácido tranexâmico bloqueia a conversão do plasminogênio (presente nas células basais epidérmicas) em plasmina, por meio da inibição do ativador de plasminogênio. A plasmina ativa a secreção de precursores da fosfolipase A2, que atuam na produção do ácido araquidônico e induzem a liberação de fatores de crescimentos (VEGF). Trata-se de um potente fator de crescimento de melanócito. Já o ácido araquidônico é precursor de fatores melanogênicos, como prostaglandinas e leucotrienos.
O ácido Tranexâmico não apenas induz a redução da atividade da tirosinase
dos melanócitos e da melanogênese, mas também reduz as alterações dérmicas
relacionadas aos vasos sanguíneos e mastócitos.
Assim, o ácido tranexâmico tem um efeito multifacetado na patogênese do melasma
Estudo
Comprova
Ácido Tranexâmico é Eficaz e Seguro no Tratamento do
Melasma
Esse
estudo teve como objetivo avaliar a eficácia terapêutica e segurança do ácido
tranexâmico no tratamento do melasma (EBRAHIM; SAID
ABDELSHAFY; KHATTAB; GHARIB, 2020).
Assim,
56 pacientes do sexo feminino com melasma simétrico bilateral foram recrutados
em um estudo de face dividida e receberam em um dos lados da face:
Resultados:
ü Após o tratamento, os escores de modified Melasma
Area Severity Index (mMASI) reduziram significativamente comparado ao
início do estudo em ambos os lados tratados;
ü Não houve diferença entre os lados tratados;
ü Os pacientes demonstraram maior satisfação com o lado
tratado com microagulhamento do que com a injeção intradérmica;
ü Nenhum efeito adverso foi observado em ambos os lados.
Conclusão:
A injeção intradérmica e o microagulhamento com ácido tranexâmico são seguros e eficazes no tratamento do melasma. No entanto, o microagulhamento com ácido tranexâmico foi significativamente mais satisfatório para os pacientes.
Referências
EBRAHIM, H. M.; SAID ABDELSHAFY,
A.; KHATTAB, F.; GHARIB, K. Tranexamic Acid for Melasma Treatment: A Split-Face
Study. Dermatol Surg, Jul 21 2020.
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