Melatonina no Prurido Urêmico

Estudos Científicos
04/jan/2024

Reduz os Escores que Medem o Grau da Coceira em Pacientes Submetidos a Hemodiálise


Prurido Urêmico em Pacientes Submetidos a Hemodiálise

Fisiopatologia, Principais Sintomas e Tratamento

 

O prurido é uma sensação desagradável que produz vontade de coçar e é um dos problemas de pele mais comuns relatados pelos pacientes.


O prurido é um sintoma comum e debilitante na doença renal em estágio terminal avançado (DRETA) e tem um impacto negativo na qualidade de vida. Cerca de 25-35% dos pacientes com DRETA relatam prurido antes da diálise e 60-80% dos pacientes com DRETA relatam coceira em algum ponto. Em alguns desses pacientes, a coceira é permanente, extensa e intensa, enquanto em outros é temporária e limitada a uma área do corpo.

 

Fisiopatologia do Prurido Urêmico

A fisiopatologia do prurido urêmico (PU) em pacientes renais não é bem conhecida e sua erradicação é muito difícil, mas sua prevalência tem diminuído com o uso de diálise efetiva nos últimos anos. A patogênese do PU é multifatorial, com fatores que incluem:

 

Ø  Acúmulo de toxinas urêmicas;

Ø  Inflamação sistêmica;

Ø  Xerose cutânea.

 

Além disso, comorbidades, como diabetes mellitus e hepatite viral, podem incluir anormalidades relacionadas à uremia (particularmente envolvendo o cálcio, fósforo e metabolismo do hormônio da paratireoide).

 

Pacientes com insuficiência renal crônica apresentam pele seca, que pode ser acompanhada de crostas. Esses fatores podem estar relacionados com a redução do tamanho das glândulas sudoríparas nesses pacientes que pode ocorrer devido à diminuição na resposta dos receptores beta-adrenérgicos e prurinérgicos e o uso de grandes doses de diuréticos. 


Estudo Comprova

Esse estudo conduzido por Baharvand et al. (2021) teve como objetivo avaliar os efeitos antipruríticos da melatonina em pacientes submetidos a hemodiálise e com prurido urêmico.


Resultados

Ø  Após o fim do estudo as alterações no VAS, 12-PSS e %BSA, no grupo melatonina vs. placebo, foram respectivamente: -3.21 ± 3.33 vs. -1.38 ± 2.23, -4.59 ± 5.22 vs. -2.08 ± 4.35 e -19.10 ± 30.31 vs. 4.64 ± 29.11 (p<0,05).


Conclusão

Os resultados desse estudo indicaram que a melatonina pode ser uma opção no manejo do prurido urêmico em pacientes submetidos a hemodiálise. 


Referências bibliográficas

     BAHARVAND, P. et al. Evaluation of Antipruritic Effect of Melatonin on Hemodialysis Patients with Uremic Pruritus, A Double-Blind, Randomized, Crossover Trial. Iran J Kidney Dis. 2021 Jan;1(1):38-47.



Autor(a)

Equipe Técnica Consulfarma
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