Hiperpigmentação Induzida pela Luz Visível e UVA na Pele

Estudos Científicos
23/jul/2021

Entenda os efeitos negativos e tratamentos cutâneos recomendados


Luz Visível e UVA

Diferenças na Pigmentação

O espectro visível é definido como uma porção da radiação eletromagnética visível ao olho humano, correspondente a comprimentos de onda de 400 a 700 nm, no qual compreende 44% da energia solar ao nível do mar.

Pigmentação Induzida pela Luz Visível

Um estudo comparou os efeitos do UVA e a luz visível (LV) na pele. Ambas induziram a pigmentação nos tipos de pele IV-VI, porém com algumas diferenças:

Luz visível: A pigmentação induzida por luz visível era mais escura e mais sustentada até o final do período do estudo, que foi de 2 semanas. Além disso, era marrom escura desde o início e o eritema apareceu imediatamente após a irradiação.

UVA: A pigmentação induzida por UVA era incialmente de cor cinza e marrom após 24 horas e não era cercada por eritema em nenhum momento.

De acordo com os pesquisadores, apenas os fototipos IV-VI apresentaram eritema porque o calor é produzido na pele melanocompetente devido à absorção de Luz visível pelo pigmento melanina. O calor pode então causar dilatação dos vasos térmicos profundos, levando ao eritema clínico (NARLA; KOHLI; HAMZAVI; LIM, 2020).

Efeitos da Luz Visível + UVA

Mecanismo e Evidências

Um estudo em melanócitos humanos normais foi realizado para observar os mecanismos da luz azul na hiperpigmentação. 

Foi demonstrado que a Luz Azul estimula a melanogênese através do Fator de Transcrição Associado à Microftalmia (Mitf), o principal gene da pigmentação.

Mecanismo Envolvido na Hiperpigmentação Induzida pela Luz Visível

  • Os fótons são absorvidos e convertidos em uma resposta celular através de uma classe de receptores acoplados à proteína G ativados pela luz, chamados de opsina;
  • A indução de opsina-3 leva à fosforilação do Mitf;
  • Ocorre aumento das enzimas da melanogênese, tirosinase e tautomerase dopacromo.

A opsina-3 é um sensor chave no melanócito, expressa nos melanócitos e queratinócitos humanos e responsável pela hiperpigmentação induzida por comprimentos de onda curtos da luz visível.


Evidências Clínicas Sobre a Luz Azul + UVA na Pele

  • Dez indivíduos com fototipos de pele Fitzpatrick IV-VI foram irradiados com LV na presença ou não de UVA. 

Resultados: 

Os locais irradiados com LV+UVA apresentaram pigmentação mais intensa com níveis mais altos de irradiância.


  • Indivíduos com fototipos de pele Fitzpatrick I-III foram irradiados com LV+UVA

Resultados:
Um aumento estatisticamente significativo no eritema foi observado imediatamente após a irradiação, comparado a pele não irradiada do início do estudo (NARLA; KOHLI; HAMZAVI; LIM, 2020).

Referências:

NARLA, S.; KOHLI, I.; HAMZAVI, I.; LIM, H. Visible light in photodermatology. Photochemical & Photobiological Sciences, 19, 01/10 2020.

PALOMBO, P.; FABRIZI, G.; RUOCCO, V.; RUOCCO, E. et al. Beneficial long-term effects of combined oral/topical antioxidant treatment with the carotenoids lutein and zeaxanthin on human skin: a double-blind, placebo-controlled study. Skin Pharmacol Physiol, 20, n. 4, p. 199-210, 2007.


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Autor(a)

Equipe Técnica Consulfarma
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