A vaginite é uma desordem ginecológica comum, responsável por 10 milhões de consultas médicas a cada ano. Particularmente, a infecção fúngica da vulva e vagina é estimada como a segunda causa mais comum de inflamação após vaginose bacteriana.
Cerca de 75% das mulheres apresentam pelo menos 1 episódio de candidíase vulvovaginal (CVV) na idade reprodutiva. O agente patogênico mais comum é a Candida albicans, que é isolada em 85% a 90% de todos os casos. CVV Recorrente definida como 4 ou mais episódios sintomáticos de CVV dentro de 1 ano.
Probióticos
na CVV
® Estudos suportam o uso de Lactobacillus na redução da recorrência de infecção por Candida spp.(RUSSO; SUPERTI; KARADJA; DE SETA, 2019);
® A colonização vaginal com Lactobacillus produz substâncias antimicrobianas que agem para inibir o crescimento de microrganismos patogênicos (SUPERTI; DE SETA, 2020).
Lactoferrina
na CVV
A lactoferrina é uma glicoproteína de ligação ao ferro presente naturalmente nas secreções dos mamíferos, incluindo leite e muco cervical. É armazenada nos grânulos secundários de neutrófilos, de onde é liberado nos locais inflamados.
® Evidências in vitro mostram que tanto a lactoferrina humana quanto bovina são eficazes na inibição do crescimento de C. albicans e C. glabrata, bem como a produção de citocinas pró-inflamatórias;
® Resultados recentes demonstraram que a lactoferrina foi eficaz na melhora da produção de biofilme de duas cepas de Lactobacillus e melhorou sua ação proteção contra bactérias patogênicas de adesão em células genitais.
Esse estudo prospectivo, duplo-cego, randomizado e clínico teve como objetivo avaliar a eficácia de uma formulação oral contendo Lactobacillus acidophilus, Lactobacillus rhamanosus e lactoferrina como terapia adjuvante ao clotrimazol tópico nos sintomas e recorrência da candidíase vulvovaginal (RUSSO; SUPERTI; KARADJA; DE SETA, 2019).
Resultados:
ü Após o tratamento com clotrimazol, houve melhora
significativa dos sintomas em ambos os grupos;
ü No entanto, apenas as mulheres do grupo 1 demonstraram
melhora significativa no prurido e secreção aos 3 e 6 meses;
ü Durante a manutenção, a recorrência foi significativamente menor no grupo 1 vs. Placebo (33,3% vs. 91,7% após 3 meses e 29,2% vs. 100% após 6 meses).
Conclusão:
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